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VAREJO NA ERA DIGITAL: A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL VEIO PARA FICAR

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Por Olegário Araújo, consultor em Inteligência de Negócio e cofundador da inteligencia360, e Yassuki Takano, diretor de Consultoria para Logicalis Brasil
Na história do varejo tivemos alguns marcos evolutivos, como, por exemplo, o do código de barras, na década de 70, que foi uma solução disruptiva na gestão do negócio. Também tivemos avanços significativos com o código 2D e, agora, estamos em mais um momento importante para o setor, com a Inteligência Artificial (IA) mudando a forma de pensar o mercado varejista. Sem dúvida alguma, vivemos em um momento de profunda transformação para a sociedade e para a tecnologia.
Na NRF 2024 Retail’ Big Show, a IA estava presente em inúmeras apresentações, como parte intrínseca do mercado atual. De certa forma, ela foi engrenagem crítica para que o tema de tecnologia ultrapassasse a fronteira da área de TI e chegasse como pauta essencial na agenda de negócio das empresas de uma maneira muito mais intensa.
Podemos citar aqui alguns exemplos de como a Inteligência Artificial vem mudando o varejo, tanto para a personalização das vendas quanto para a otimização das operações. São eles:
· Recomendações de produtos: a IA pode analisar o histórico de compras, navegação e outros dados do cliente para recomendar produtos que ele provavelmente terá interesse;
· Experiências personalizadas: a tecnologia pode ser usada para criar experiências personalizadas para cada consumidor, como sugerir produtos em tempo real enquanto ele navega na loja;
· Chatbots: com IA é possível fornecer suporte ao cliente 24 horas por dia, 7 dias por semana, responder perguntas sobre produtos e pedidos e até mesmo resolver problemas;
· Gestão de estoque: a tecnologia também pode ser usada para otimizar a gestão de estoque, prevendo a demanda por produtos e evitando rupturas de estoque, reduzindo custos e melhorando a satisfação do cliente;
· Preços dinâmicos: o ajuste de preços dos produtos em tempo real pode ser realizado com a IA, com base em fatores como demanda, concorrência e condições de mercado, apoiando as empresas a maximizar seus lucros;
· Logística e cadeia de suprimentos: a logística e a cadeia de suprimentos podem ser otimizadas com a IA, que pode torná-las mais eficientes e menos dispendiosas, com entregas mais rápidas e menores custos para o cliente.
A Google, Waze, Youtube, Amazon, Netflix, Uber e Spotify, por exemplo, são só algumas das empresas que já fazem uso da IA e cujas aplicações já se tornaram presença comum no nosso dia a dia. Entretanto, a euforia desta inovação deve ser contrabalanceada com uma perspectiva mais estruturante, na qual percebemos que ainda há muitas lacunas.
O estudo IoT Snapshot 2024, da Logicalis, apresenta alguns insights sobre IA para empresas brasileiras respondentes, como:
· 47% dos respondentes têm utilizado a IA principalmente como uma possibilidade de avanço em análises estatísticas, e complementarmente aos sistemas de negócios (46%) e funcionalidades de segurança da informação (42%);
· As principais barreiras de adoção da tecnologia são a resistência à mudança e a viabilidade da implantação das soluções (casos de uso de negócios e retorno de investimento), ambas citadas por 36% dos respondentes;
· Quase 3/4 dos respondentes da pesquisa não possuem ainda profissionais especializados em IA.
Esses dados nos mostram tanto os motivos de as empresas investirem no uso da Inteligência Artificial para benefícios de negócio, como os seus desafios para adoção. Por isso, elencamos, abaixo, algumas etapas iniciais estruturantes fundamentais para o sucesso da utilização da tecnologia no setor varejista:
· Qualidade dos dados - entender a situação da empresa em termos de fontes de informação, sua confiabilidade e governança para captura, atualização, quality assurance e disponibilização;
· Time multidisciplinar - desenvolver uma aquipe composta por profissionais com background em estatística, em engenharia de dados e sistemas, além de serem experientes nos processos e regras de negócio do varejo;
· Perguntas assertivas - saber fazer perguntas para extrair o melhor dados e identificar padrões e oportunidades;
· Cultura orientada por dados - a liderança da empresa precisa criar uma cultura orientada por dados, incluindo, para isso, atividades como comunicação das estratégias, treinamento e implantação de modelos de trabalho integrados;
· Capacitação dos profissionais – letrar as pessoas em dados parra saberem ler, interpretar, comunicar e negociar com o uso de bancos de informações.
Esse conjunto de ações deve ser lidarado pelo board da empresa, que precisa dar o exemplo no uso da informação. É preciso ter claro que a Inteligência Artificial não susbituitrá os seres humanos nas atividades que demandam relações, negociações e criatividade, mas, claramente, subsituirá as atividades repetitivas. Por isso, a jornada de desenvolvimento humano e cultural da empresa é tão fundamenal, pois, como afirma a Microsoft: “A IA será o seu copiloto, assistente pessoal para lidar com o grande volume de dados disponíveis e que continuará crescendo”. Ou seja, estamos na era do conhecimento e podemos usar as novas soluções ao nosso favor como diferencial, mas se não nos estruturarmos e não aprendermos a utilizá-la, morreremos afogados em um oceano de dados.

FONTE: 10/07/2024 –SUPERVAREJO

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