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VAREJO CRESCE ATÉ SETEMBRO, MAS SINAIS DE RECUO APARECEM

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Medido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar) – FIA Business School, o indicador mensal de volume de vendas aponta crescimento do varejo entre julho e setembro, mas com instabilidade. O varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, deve crescer 1,11% no período. Mas, no varejo restrito, onde se exclui veículos e material de construção, a projeção é de recuo de 0,21%.
Dos 11 setores examinados, aponta-se queda do volume de vendas para três: livros (-10,2%), móveis e eletroeletrônicos (-1,2%), material de construção (-0,5%). Para quatro segmentos, estima-se estabilidade: produtos alimentares, supermercados, combustíveis e material de escritório. para os outros segmentos, projeta-se crescimento: tecidos (3,28%), produtos de uso pessoal (1,8%), veículos (1,55%) e produtos farmacêuticos (1,1%).
O cenário de vendas no varejo para o período de julho a setembro apresenta um quadro misto, com crescimento geral, mas desempenho bem variado entre os setores.
Já segundo o IBGE, em sua Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje, em maio, as vendas no comércio varejista no país cresceram 1,2% na comparação com o mês anterior. Os resultados do setor foram positivos em todos os meses deste ano e, com isso, o ponto mais alto da série, que havia sido registrado em abril, foi deslocado para maio. No ano, há alta acumulada de 5,6% e em 12 meses, de 3,4%.
“Em 2024, o varejo registrou cinco pontos positivos, com atingimento do nível recorde da série a partir de março, que se renovou em abril e maio. Esse desempenho dos últimos meses está muito focado em hiper e supermercados e artigos farmacêuticos, que também atingiram seus níveis máximos em maio. Com isso, o acumulado do ano é de 5,6%, enquanto, por exemplo, quando observamos todo o ano de 2023, o acumulado foi de 1,7%. Então é um resultado bastante positivo”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.
Cinco das oito atividades pesquisadas ficaram no campo positivo em maio e, dentre elas, as principais influências sobre o resultado geral foram exercidas por hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%).
“O resultado positivo foi bem disseminado, com apenas três atividades com queda. As de maior peso, como hiper e supermercados, artigos farmacêuticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceram. Além disso, houve questões conjunturais, como o aumento das vendas do setor de vestuário mais focadas em calçados”, diz o pesquisador.
Ele também destaca elementos macroeconômicos que influenciaram os resultados do varejo. “Em maio, houve, por exemplo, o aumento da concessão de crédito da pessoa física e o crescimento da massa de rendimento e do número de pessoas ocupadas. São fatores que levam a esse resultado global maior do que o registrado em 2023”, completa.
Foi o segundo mês seguido de alta para hiper e supermercados, que acumula ganho de 2,6% nesse período. O setor responde por 54,7% do volume de vendas no varejo.
Para o setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que abarca, por exemplo, as lojas de departamento, óticas e joalherias, maio foi o quinto mês seguido de variações positivas. No ano, há ganho acumulado de 7,8%. O pesquisador lembra que esse grupamento de atividades está se recuperando após perdas intensas ao longo do ano passado, que resultou, inclusive, em fechamento de lojas físicas.
“Em 2023, a crise contábil das grandes cadeias causou a redução de unidades locais. Neste ano, observamos uma recuperação dessa atividade especialmente no início do ano, o que ajudou a segurar o varejo no campo positivo”, avalia Cristiano.
Os setores de tecidos, vestuário e calçados (2,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,2%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,2%) também tiveram resultados positivos. No caso do primeiro segmento, a alta veio após dois meses seguidos de variações negativas.
De modo distinto, no setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, o resultado de maio representou o quarto positivo seguido nessa comparação, acumulando alta de 12,6% no período. Já no caso de livros, jornais, revistas e papelaria, a variação positiva foi precedida por dois meses seguidos no campo negativo.
Os demais setores tiveram resultados negativos: móveis e eletrodomésticos (-1,2%), combustíveis e lubrificantes (-2,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,5%).”No setor de combustíveis e lubrificantes, essa queda tem a ver com a diminuição de uma atividade de transporte no sul do país, em decorrência das enchentes”, diz.
“Em móveis e eletrodomésticos, houve duas trajetórias distintas: enquanto as vendas dos eletrodomésticos cresceram, as dos móveis caíram. Já na atividade de material para escritório, informática e comunicação, o dólar estava valorizado em relação ao real, o que afugenta as demandas do setor de informática, que são mais de produtos importados”, pontua.
No varejo ampliado, que inclui, além dessas oito atividades, os segmentos de veículos, motos, partes e peças (-2,3%), material de construção (-3,5%) e atacado especializado em produtos alimentícios, o resultado também foi positivo na comparação com abril (0,8%).
“Em maio, o crescimento do comércio varejista ampliado foi muito focado no atacado especializado em produtos alimentícios. Já o setor de veículos vem oscilando entre quedas e altas, o que faz com que o varejo ampliado também intecale os seus resultados”, explica o gerente.
Na comparação com maio do ano passado, o volume de vendas do varejo avançou 8,1%. Essa alta foi disseminada por cinco das oito atividades: outros artigos de uso pessoal e doméstico (14,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (13,6%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,5%), móveis e eletrodomésticos (2,1%) e tecidos, vestuário e calçados (2,0%).
As outras três atividades tiveram resultados negativos: livros, jornais, revistas e papelaria (-8,9%), combustíveis e lubrificantes (-3,2%) e equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,2%).
“Esse crescimento de 8,1% é bem consistente e só se assemelha a fevereiro deste ano. Hiper e supermercados, artigos farmacêuticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico tiveram ganhos mais pronunciados, de dois dígitos, e ajudaram a manter esse ritmo de crescimento mais forte”, avalia Cristiano.
Na mesma comparação, o varejo ampliado também teve alta (5,0%). Apenas umas das atividades adicionais registrou crescimento nessa comparação: veículos e motos, partes e peças (10,6%). Material de construção (-1,5%) e atacado de produtos alimentícios, bebida e fumo (-8,2%) recuaram.
Na passagem de abril para maio, 16 unidades da federação registraram alta nas vendas do varejo. Entre elas, destacaram-se Amapá (3,4%), Mato Grosso (3,0%) e Maranhão (2,2%). As outras 11 UFs ficaram no campo negativo, com destaque para os recuos de Roraima (-5,9%), do Espírito Santo (-2,6%) e do Acre (-1,7%). No comércio varejista ampliado, nessa mesma comparação, houve resultados positivos em 13 unidades da federação e as maiores variações foram registradas por Ceará (5,3%), Amapá (3,0%) e Tocantins (2,9%). Já entre as 14 UFs no campo negativo, os recuos mais intensos foram de Roraima (-5,5%), Rondônia (-3,2%) e Rio Grande do Sul (-2,8%).
Especificamente no Rio Grande do Sul, o varejo apresentou crescimento acima da média nacional em junho, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Enquanto o varejo nacional cresceu 2,8% em termos nominais, em comparação a junho de 2023, a capital gaúcha teve alta de 3,6% no mesmo período. O comércio no estado do Rio Grande do Sul, por sua vez, registrou alta de 6,3%. Já as vendas nas 30 cidades mais afetadas pela tragédia – a partir de levantamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – cresceram 7,5% em média.
A capital do estado apresentou alta em quase todos os principais setores do varejo em junho: postos de combustíveis (11,7%), supermercados e hipermercados (5,3%), farmácias e drogarias (3,1%), vestuário (2,3%) e alimentação – bares e restaurantes (0,6%).
Óticas e joalherias, um setor presenteável relacionado ao Dia dos Namorados, comemorado no dia 12 de junho, cresceu 18 em Porto Alegre. Já o setor de turismo e transporte teve queda de 23,5%.
A partir de um levantamento da universidade, a equipe do ICVA elencou as 30 cidades gaúchas mais afetadas pelas enchentes no mês de junho – exceto Porto Alegre.
Além da alta de 7,5% no varejo, os setores de óticas e joalherias (17,4%), supermercados e hipermercados (11,5%), postos de combustíveis (10,3%) e alimentação – bares e restaurantes (7,9%) foram destaques. Vestuário também cresceu (0,9%). Já turismo e transporte (-5,6%) e farmácias e drogarias (-0,9%) apresentaram queda no faturamento.
As vendas no estado cresceram 6,3% em junho em relação ao mesmo mês de 2023. Postos de combustíveis, com 16,1% de alta, foi o principal destaque. Na sequência, estão óticas e joalherias (10,2%), supermercados e hipermercados (8,5%), farmácias e drogarias (7,3%) e alimentação – bares e restaurantes (4,7%). Vestuário não apresentou variação (0) no estado. O faturamento de turismo e transporte caiu 15,1%.
“Em maio foi possível verificar desempenho acima da média em segmentos relacionados a artigos de primeira necessidade, como hipermercados e drogarias. Esse comportamento de consumo estava associado à preocupação das pessoas em fazer estoques diante do risco de desabastecimento. Em junho esses setores continuaram em alta, mas foram acompanhados por outros segmentos, incluindo presenteáveis, provavelmente em função do Dia dos Namorados”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo. “A exceção é o setor de Turismo e Transporte. Ainda há um forte receio de se visitar as regiões afetadas, principalmente em relação à infraestrutura e logística. O Aeroporto Salgado Filho, por exemplo, ainda não reúne condições de receber voos e muitas cidades estão em processo de reconstrução”.
O critério utilizado foi o número de pessoas atingidas, conforme dados da UFRGS. As 30 cidades são Arroio do Meio, Barra do Ribeiro, Canela, Canoas, Cerro Branco, Colinas, Cruzeiro do Sul, Dona Francisca, Eldorado do Sul, Encantado, Estrela, Faxinal do Soturno, General Câmara, Gramado, Guaíba, Guaporé, Lajeado, Marques de Souza, Montenegro, Muçum, Nova Santa Rita, Rio Pardo, Roca Sales, Santa Cruz do Sul, São Jerônimo, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Triunfo e Vale Real.

FONTE: 11/07/2024 – MONITORMERCANTIL

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