2021 foi um ano desafiador para o varejo alimentar, havendo queda de 6,9% em unidades vendidas. De acordo com análise do Radar Scanntech, essa queda foi impulsionada pelo aumento de preços que impactou diretamente o bolso do consumidor brasileiro, que pagou mais e levou menos produtos para casa.
Entre as top 20 categorias com maior retração, a Cerveja lidera a contribuição com 54,1%, seguido por Eletro, Álcool em Gel e Suco em Pó, chegando a 70% de contribuição para a queda. “A explicação vai ao encontro do cenário de pandemia onde tais categorias foram impactadas pela reabertura do mercado, aumentando consideravelmente o consumo fora de casa” confirma Tiago Vavassori, gerente da Scanntech.
Já nas categorias com maior crescimento, estão: Óleo, Café Moído, Açúcar, Açougue, Aves e Arroz, que totalizam 50% da contribuição com o crescimento impulsionado pelo aumento de preços, já que em unidades entregam retração —, com apenas Chocolate, Petiscos Snacks e Energéticos crescendo em unidades.
As vendas que já vinham desacelerando desde agosto fecharam o ano com dezembro tendo uma retração de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Além disso, o fluxo de clientes em loja reduziu 3,2% em comparação com 2020 e o ticket médio em valor aumentou 8,4%. “Isso se dá como reflexo da pressão nos preços, levando os consumidores a migrarem para marcas mais baratas e diminuindo itens por compra”, afirma Tiago.
Diante deste cenário, Vavassori destaca que o ano de 2022 será ainda mais desafiador para o varejo. “Mais do que nunca, terá mais destaque e sucesso aquele que conseguir entender melhor o mercado e seu consumo com base nos pilares do varejo: Sortimento, Preço, Operações e Experiência do Shopper”.
FONTE: SUPERVAREJO
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