Mês também apresentou alta no valor médio por transação com cartão benefícios, se comparado com mesmo período de 2023
Dados dos Índices de Consumo em Supermercados (ICS) e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), calculados pela Alelo, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apontam que, em julho, aumento na quantidade e valor transicionados em supermercados e restaurantes feitos via cartão benefícios (vale-alimentação e vale-refeição) no comparativo com o desempenho de 2023.
Na base de julho 2023 e julho 2024, os resultados apurados indicam um crescimento de 3,7% no número de vezes em que o vale-alimentação foi usado para compras em supermercados, em paralelo ao aumento de 5,4% no valor transacionado nesses estabelecimentos, com uma variação positiva de 1,6% do valor médio por transação. No comparativo com junho, houve uma leve retração de 2,8% e 2,4% no número de vezes em que o cartão benefício foi usado e no valor gasto por transação. Ainda assim, o valor médio por transação apresentou discreto aumento de 0,4% de um mês para o outro.
Comparando-se o desempenho no acumulado de 2024 (até julho) e o resultado no mesmo período de 2023, as transações em supermercados cresceram 10,6% em volume e 168%, em valor (faturamento). O valor médio por transação também registrou uma elevação de 5,6% na comparação entre esses dois recortes temporais.
Finalmente, considerando os resultados acumulados nos últimos 12 meses (até julho) e o desempenho no período precedente, os supermercados exibiram um aumento de 10,1% nas transações efetivadas. Já em termos de valor (faturamento), a expansão foi de 16,0%, enquanto o valor médio por transação cresceu 5,3% nesse horizonte temporal.
De acordo com o IPCA/IBGE, os preços da alimentação no domicílio registraram desaceleração em julho, com alta de 0,6%. Em relação ao mesmo mês de 2023 (últimos 12 meses), a inflação acumulada neste subgrupo foi de 4,9%.
A alimentação fora do lar também teve um melhor desempenho em julho deste ano, de acordo com dados do uso do cartão refeição. Ao se comparar o desempenho do mesmo mês de 2023, foi possível identificar uma ligeira elevação de 0,9%, no número de transações efetivadas, além de uma alta de 7,9% no valor das vendas. Esse resultado positivo se deveu, em larga medida, ao incremento de 7,0% no valor médio por transação no comparativo.
Já na comparação com junho de 2024, os restaurantes registraram uma retração de 6,3% no número de transações efetivadas em julho de 2024, e um recuou 3,4% no valor transacionado no último mês, enquanto o valor médio por transação apresentou um avanço de 3,1% na comparação com o mês anterior.
No balanço parcial de 2024, os restaurantes registraram uma elevação de 0,9% no número de transações, além de uma alta de 7,9% no valor transacionado; e média acrescida de 7,0% por meio do uso do cartão benefício. As diferenças nesses resultados são explicadas pelo comportamento do valor médio por transação, que cresceu 7,5% no período.
Segundo o IPCA/IBGE, os itens de alimentação fora de domicílio (que incluem refeições em restaurantes) apresentaram uma inflação de 0,4% em julho. Em 12 meses, os preços deste subgrupo avançaram, em média, 4,2%.
Já de acordo com o Índice de Atividade Econômica, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, o volume de vendas em bares e restaurantes registrou a maior queda do ano em julho, despencando 5,4% em comparação com o mês anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 6,3%, a maior registrada até agora em 2024. O relatório é elaborado mensalmente pela Abrasel em parceria com a área de research da Stone e o Instituto Propague.
Os dados mostraram uma retração mensal em todos os 24 estados analisados, liderados pelo Rio Grande do Sul, com uma queda de 10,5%. As regiões Sul e Nordeste concentram os estados com as maiores quedas: Paraíba (-8,6%), Rondônia (-8,4%), Piauí (-7,5%), Pará (-6,7%), Rio de Janeiro (-6,7%), Paraná (-6,3%) e Ceará (-6%).
A queda em julho, na comparação com junho, pode ser explicada por vários fatores. Entre os principais, o período de férias escolares, quando há uma natural contração do consumo no setor, e o desempenho no Dia dos Namorados, em junho. A queda no consumo também foi sentida no setor de varejo, com uma retração de 1% em julho.
“Após um primeiro semestre difícil, com queda acumulada de 2,1%, os dados de julho ampliam a tendência de queda do mês anterior e abrem o segundo semestre com sinal de cautela, sendo a queda de 5,4% a maior do ano. Dito isso, este movimento ocorre durante um ano bastante volátil e durante um mês sem nenhuma data nacional relevante para o setor. Portanto, mais meses são necessários para confirmação desta tendência de queda”, explica Matheus Calvelli, cientista de dados e pesquisador da StoneCo, responsável pelo levantamento.
FONTE: 23/08/2024 – MONITORMERCANTIL
Ao navegar em nosso site você concorda com nossa Política de Privacidade. Ok