O Índice de Confiança do Empresário Industrial do setor de produtos de limpeza voltou a crescer em março, segundo dados levantados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), passando de 55,7 pontos, em fevereiro, para 56,3 pontos, em março, o que o coloca como uma das 4 categorias mais otimistas da indústria. Para a ABIPLA – Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional, a confiança pode ser explicada pela estabilidade dos custos ao produtor e ao bom desempenho da produção em 2024.
“Todos os segmentos do setor de saneantes registraram altas expressivas de produção neste início de ano, com alguns, como produtos de limpeza e polimento, com evolução de 21,1% nos índices. A boa demanda, somada à estabilidade dos preços de insumos e matérias-primas, após anos de altas acumuladas nos custos de produção, têm reforçado o otimismo dos fabricantes”, explica Paulo Engler, diretor-executivo da ABIPLA.
De acordo com dados no INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, a inflação setorial dos artigos de limpeza está negativa no ano, com queda de 0,8% no 1º bimestre, com produtos essenciais para a saúde pública, como água sanitária (-1,25%), sabão em pó (-1,16%) e sabão em barra (-0,94%), puxando a queda de preços no setor.
“É interessante notar que, das principais categorias que compõem os gastos das famílias, os da divisão Habitação, segmento em que estamos incluídos, apresentaram inflação de 0,24% no bimestre, o que é um bom indicador de estabilidade. No entanto, dentro desse grupo, apenas os produtos de limpeza, combustíveis e energia (-0,09%) tiveram redução de preços. Como nossa deflação foi a maior (-0,8%), o setor de saneantes foi um dos responsáveis pelo controle de preços para as famílias neste início de ano”, analisa o diretor-executivo da ABIPLA.
Neste cenário, Engler acredita que o setor deve crescer acima de 2% a 3% nos níveis de produção em 2024. Além do controle de custos do produtor, os investimentos em desenvolvimento de tecnologias e novos produtos e o lançamento de linhas ou novas formulações de saneantes podem impulsionar a produção.
“Mesmo nos períodos mais críticos das crises sanitária e econômica dos últimos anos, nosso setor não parou de investir em desenvolvimento de produtos. Como 2024 é um ano em que as condições de mercado e produção estão mais previsíveis do que em anos anteriores, muitos fabricantes têm se planejado para promover lançamentos e reformular linhas de produtos com novas tecnologias, o que deve alavancar o crescimento”, afirma Engler.
FONTE: 09/04/2024 –SUPERVAREJO
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