A satisfação dos brasileiros em relação às compras no e-commerce cresceram na pandemia de covid-19, é o que aponta a sexta edição do estudo “Como a pandemia está impactando os consumidores“, da empresa global de ciência de dados do consumidor Dunnhumby.
Na média geral, o nível de satisfação do consumidor passou de 30% em março de 2020 para 36% em fevereiro deste ano. Mas atingiu o pico de 41% na época da Black Friday. “As varejistas se preparam para atender bem na Black Friday e colhem melhores resultados. Se isto fosse feito ao longo do ano, a percepção do cliente melhoraria”, diz Rogerio Aversa, diretor de preços e promoções da Dunnhumby. Segundo o executivo, a satisfação está atrelada à sete pilares de percepção como preço, oferta personalizada e sortimento.
É importante perceber também que as pessoas continuam indo às lojas, o que não garante um crescimento contínuo das lojas virtuais após o fim do distanciamento social. “O estudo mostra que o consumidor vai ao menos 8 vezes ao supermercado ou outro varejo por semana. Ele pode fazer compras online, mas continua saindo de casa para comprar os itens que não encontra ou que prefere selecionar pessoalmente”.
Confiança e poder de compra
O estudo da Dunnhumby foi realizado em 22 países, com 400 pessoas por local. Deste modo, é possível comparar a situação do consumidor daqui em relação aos outros mercados. O brasileiro foi, por exemplo, o que mais percebeu a alta dos preços no supermercado, ponto observado por 67% dos entrevistados. O país é seguido da Malásia (55%) e Irlanda (50%). Nesta lista o último país é a Dinamarca (16%).
O Brasil é também o segundo país com [43% da] população mais preocupada com a pandemia e alta dos preços. O primeiro lugar fica para a Coreia, com 44%, e a China por último, com 6%, e empatada com a Noruega.
Entre os entrevistados brasileiros, a uma queda brusca na percepção de que o governo está fazendo um bom trabalho no combate a covid-19. Enquanto 39% concordaram com a afirmação em abril do ano passado, na recente pesquisa o índice chega a 17%. A percepção sobre as lojas se mantém em aproximadamente 50%.
“O consumidor está pesquisando mais, atento a promoções e varejistas que buscam um bom serviço. A pandemia gera muitas dúvidas sobre o futuro e isto é refletido no consumo”, diz Aversa.
FONTE: NEWTRADE
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