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PESQUISA MOSTRA QUAIS SÃO OS NOVOS HÁBITOS DO CONSUMIDOR NOS SUPERMERCADOS

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A pesquisa Panorama do Mercado de Bens de Consumo realizada pela Neogrid, que reuniu seus dados e o das empresas que compõem seu ecossistema - Horus, Arker, Lett, Smarket, e Predify, em parceria com a Stilingue, uma plataforma brasileira de administração de conversas digitais em tempo real, mostra que no primeiro semestre do ano a alta nos preços atingiu a cesta de proteínas dos brasileiros, motivando a substituição de alguns alimentos ou marcas.
Essa tendência foi observada, principalmente, na troca da carne bovina por outros produtos, como ovos, linguiça, carne suína e frango, itens que apresentaram aumento de presença nos carrinhos no período, na comparação com os seis primeiros meses de 2021. A mudança se deu em razão do aumento de preços provocados pelo câmbio e pela inflação. Os ovos são destaques na cesta de consumo, já que representam a opção mais barata da cesta de proteínas, impulsionando um crescimento de presença do item nos carrinhos. O item teve aumento de preço em 2,6 pontos percentuais na comparação com o primeiro semestre do ano passado.
Já o frango avançou 2,1 pontos percentuais na incidência em 2022 e foi a proteína mais presente na lista de compras no período, com índice de 12,6%. Dentre as proteínas analisadas, a carne suína foi a única que teve queda no preço médio, chegando ao valor de R$ 17,36 no primeiro semestre de 2022, e ainda teve aumento de presença nos carrinhos, ficando em 3,5%, ante 2,8% do ano passado.
Cresce presença de industrializados nos carrinhos
O levantamento mostra ainda um aumento na presença de produtos industrializados nos carrinhos de compra, de 77,8% no primeiro trimestre de 2021 para 81,3% no mesmo período deste ano, frente à diminuição da incidência dos itens da categoria hortifrúti, de 42,2% a 39,3%. Esse comportamento está relacionado a alta dos preços desses produtos e pela redução de refeições feitas em casa, no contexto de arrefecimento da pandemia. As bebidas alcoólicas também apresentaram queda na quantidade média de itens comprados, sugerindo redução no consumo em casa.
De acordo com a pesquisa, as categorias que mais perdem incidência nos carrinhos e reduzem a média de itens comprados tendem a apresentar aumento de preços. É o caso das frutas, cujos preços subiram 29,8%, dos legumes (+48,9%), e das verduras (+11,2%).
Por outro lado, os biscoitos, snacks, salgadinhos e refrigerantes tiveram uma queda de 17,4% nos valores. O consumo dessa categoria apresentou aumento de 2,3 pontos percentuais na presença nos carrinhos e 13,5% na média de itens comprados.
O aumento no consumo de biscoitos, snacks e refrigerantes pode ser motivado por um consumo de indulgência, ou seja, que atua como recompensa em momentos de dificuldades. Além disso, essa categoria, que contempla produtos de menor desembolso, pode ser usada como recurso para saciar fome nas famílias de baixa renda.
O estudo indica ainda que, forçado pela alta dos preços, o brasileiro aumentou em 27% o tíquete médio gasto nos supermercados, na comparação entre a média do primeiro semestre de 2022 ante o mesmo período de 2021. O valor médio desembolsado subiu de R$ 65,47 para R$ 83,12. Além disso, houve aumento de 1,34 ponto percentual na média de produtos que os consumidores levaram no carrinho no cotejamento. No primeiro semestre de 2021, havia, em média, 11,44 itens no carrinho. Já no semestre passado, esse volume era equivalente a 12,78 itens.
Sob a perspectiva das redes de supermercados, mercados e atacarejos, o resultado mais impactante do estudo é o registro dos menores índices de estoques em dois anos no período. A média de ruptura captada pela Neogrid chegou a 11,2%, 0,2 ponto percentual a mais que o mesmo período de 2021.

FONTE: 19/08/2022 - SAVAREJO

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