Uma pesquisa realizada pela plataforma Compra Agora, em parceria com o Instituto Locomotiva, desvendou algumas tendências e realidades do varejo de vizinhança. Atacado, distribuidores e vendedor/representante são os canais mais utilizados para fazer compras de reposição de estoque e canal de maior frequência de compra, por exemplo. Já os marketplaces ganham espaço na percepção de conveniência no setor do varejo de vizinhança alimentar.
Entre os motivos que levam a esses canais, o preço é citado como principal para escolha no atacado (45%), varejo (30%), distribuidores (31%) e indústria (27%). Não precisar se deslocar para loja física aparece como principal motivo pela escolha de Marketplaces (31%) e representantes (28%).
Preços e conveniência são apontados como drivers mais importantes para adoção de marketplaces exclusivos para empresas. Custo foi citado por 38%, tempo por 27%, benefícios por 14%, produto por 9%, prazo por 7% e marca por 5%.
“Os marketplaces aceleraram um movimento de soluções e deram ao varejo uma série de oportunidades e diferenciais competitivos ao criarem um modelo acessível para pequenos empreendedores, gerando renda sem precisar sair de casa. Essas plataformas foram cruciais para garantir a sobrevivência de milhares de pequenos comerciantes brasileiros durante a pandemia, por exemplo”, afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
Independentemente do canal, o proprietário do estabelecimento é o maior responsável por realizar as compras. Entre os entrevistados, 60% conhecem marketplaces exclusivos para empresas que oferecem produtos para reposição de estoque. Deste total, 27% compraram e 33% nunca compraram.
Falando de estoques, 75% concordam que têm pouco espaço no estabelecimento, por isso precisam repor o estoque com mais frequência; 70% concordam que o giro de estoque é alto, por isso precisam repor as mercadorias com mais frequência; 61% concordam que, se pudessem escolher, seria mais prático fazer a compra de reposição do estoque por marketplaces.
“Existem atualmente no Brasil 500 mil lojas que compõem o varejo de vizinhança. É fundamental que se conheça o perfil desse varejista para que seu negócio seja atendido da melhor forma possível. E, consequentemente, que seu cliente tenha suas necessidades contempladas. O nosso propósito é também contribuir para que esse empreendedor otimize processos de compra e venda e oferecer ferramentas tecnológicas para auxiliar na boa administração do negócio”, diz o CEO do Compra Agora, Julio Campos.
Canais de comunicação
Além da tendência por marketplaces, a pesquisa também revela que as vendas por app de mensagens são grandes aliadas do varejo. O WhatsApp é o principal canal de comunicação do varejista de vizinhança alimentar com seu cliente: 68% preferem o aplicativo de mensagem, sendo que, entre a faixa etária de 18 a 45 anos, esse número sobe para 71%. Redes sociais como Facebook, Instagram e Twitter são citadas por 39% dos entrevistados. Outros 36% mencionam ligações telefônicas e 19% não utilizam nenhum canal de comunicação.
“Os aplicativos de mensagens se tornaram uma ferramenta poderosa para o estabelecimento de um contato direto com os clientes, sobretudo em um nível local de vizinhança. Muitas vezes o varejista de vizinhança não possui uma estrutura dedicada de comunicação ou não domina muitas ferramentas profissionais de comunicação, mas domina aplicativos de mensagens usados em seu cotidiano e consegue, assim, compartilhar informações sobre produtos, promoções e novidades. Isso cria uma conexão mais próxima”, diz Meirelles.
A pesquisa mostra ainda que canais online se destacam entre os varejistas mais jovens e para negócios mais recentes. Entre os respondentes de 18 a 45 anos, 80% utilizam canais online, já entre os que têm mais de 46 anos, apenas 64% responderam utilizar esses canais. Entre os que possuem negócios de até 5 anos, 77% dos são ativos nesse meio de comunicação com o cliente. Já entre os que possuem negócios há mais de 5 anos, 71% responderam que utilizam canais online.
FONTE: 28/08/2023 – MERCADOECONSUMO
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