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INFLAÇÃO E JUROS EM ALTA SEGUEM COMO VILÕES DA ECONOMIA

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A inflação e os juros em alta, o mercado de trabalho ainda fraco e a nova variante da covid-19 seguem como vilões da recuperação da economia brasileira nos próximos meses.
O índice que mede a confiança do consumidor registrou queda em janeiro e reflete as dificuldades e o pessimismo para o varejo e serviços no início de 2022.
No cenário internacional, as restrições da variante Ômicron do coronavírus tirou vários funcionários da indústria e dos serviços e diminuiu a possibilidade de oferta de produtos, o que impactou na desaceleração do PIB no último trimestre do ano.
Esses e outros temas são tratados no “Panorama Mercado&Consumo” desta semana, produzido pelo time da Gouvêa Analytics, integrante da Gouvêa Ecosystem. Confira, a seguir, os principais pontos de atenção nos próximos dias na economia.
Cenário econômico nacional
A taxa de desemprego medida pelo IBGE ficou em 11,6%, em linha com o consenso do mercado. A taxa no trimestre anterior havia ficado em 12,1%. Vale lembrar que o trimestre medido foi até dezembro, ainda fora do pico da variante Ômicron no Brasil. Os trabalhos temporários de final de ano e o turismo foram os principais empregadores. Apesar da tendência de ligeira melhora no ano, as primeiras medidas de 2022 podem até vir negativas por conta da reversão dos trabalhos temporários.
O ICC (Índice de Confiança do Consumidor), da FGV, que é um termômetro da confiança do consumidor teve queda de 1,4 ponto em janeiro chegando a 74,1. A inflação e o mercado de trabalho seguem sendo os grandes vilões, enquanto o auxílio emergencial registrou pequena melhora para o índice de situação atual das pessoas mais pobres. A tendência é que esse efeito seja temporário.
No quesito situação financeira, o índice caiu 0,9 ponto, enquanto o ímpeto de compra teve queda de 2,5. O índice reflete as dificuldades e o pessimismo para o varejo e serviços no início de 2022.
O IBC Br, do Banco Central, índice que mede a movimentação da economia em bases mensais, subiu 0,69% em novembro. Esse valor ainda não está refletindo a variante Ômicron, e mostra uma melhora significativa nos serviços pelo relaxamento, em novembro, das restrições principalmente em turismo.
A inflação alta, os juros, o mercado de trabalho ainda fraco e a nova variante da pandemia devem fazer os números ficarem piores, mas só se refletira na divulgação e março, quando se apuram os números de janeiro.
Cenário econômico nacional
O Banco Central americano (FED) divulgou o comunicado de sua reunião de fevereiro confirmando a finalização das compras de ativos em fevereiro e um quase certo aumento da taxa de juros na reunião de março.
De qualquer maneira, ainda foi um comunicado muito frágil quando se fala de uma inflação de mais de 7% ao ano. Os juros longos dos títulos do governo subiram consistentemente após o comunicado e as bolsas zeraram os ganhos logo após a divulgação.
O PIB dos EUA mostrou alta de 5,7% no ano, apesar da desaceleração de 2,3% do último trimestre do ano em relação ao penúltimo. A queda na margem se deve a maiores restrições da variante Ômicron do coronavírus, mas, ao contrário do que se imagina, a limitação foi muito relacionada a oferta e não a demanda.
A grande taxa de transmissão do vírus tirou vários funcionários da indústria e dos serviços e diminuiu a possibilidade de oferta de produtos. A situação deve se normalizar em breve e o índice tende a um valor entre 3% e 3,5% em 2022.
Na China começam a aparecer as contradições do modelo de Xi Jinping. Ao mesmo tempo que a reforma escolar jogou mais gastos para os governos das províncias, cortou receita de vendas de terras com a reforma do setor imobiliário e as restrições as empresas do setor. Segundo estimativas, os governos das províncias perderam 10% de receitas de vendas de terras ano passado, com previsão de 15% neste ano. Já o governo central está relaxando a política monetária para dar liquidez a bônus desses governos, o que apenas joga o problema mais para frente.
FONTE: MERCADOECONSUMO

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