O GPA anunciou na ultima sexta-feira (17) o lançamento de uma plataforma de envios para os lojistas de seu marketplace. O serviço começa com duas opções, uma operada pela malha logística do grupo e outra via Correios.
Para o próximo ano, porém, a companhia passará a oferecer a possibilidade de que os lojistas virtuais armazenem produtos nos centros de distribuição do GPA. Depois, no estágio mais avançado do programa, lojas da rede serão transformadas em agências onde os lojistas poderão deixar seus produtos e os clientes poderão retirá-los. Lançado em novembro do ano passado, o marketplace do GPA tem hoje mais de 800 lojistas virtuais.
A princípio, serão dois serviços: o de Entregas e o de Postagem. No primeiro caso, a malha logística do GPA retira a mercadoria no endereço do lojista e entrega para o cliente. No segundo, o vendedor pode usar a tabela de preços da companhia, que é mais barata, para enviar seus produtos pelos Correios.
Dependendo do volume do pedido e da localização, o vendedor poderá contar com o serviço de coleta dos Correios ou deverá realizar a postagem na agência mais próxima. Marcelo Arantes, Diretor Executivo de Logística do GPA, diz que isso é possível pois pelo volume de envios da empresa, a estatal concede preços menores do que quando o pequeno lojista posta mercadorias em menor escala.
A expectativa da companhia é de que os serviços diminuam em até 40% o custo do frete para os consumidores e em 25% os prazos de entrega atuais, além de possibilitar um aumento de 40% na capacidade de volume de entregas. Arantes diz que a adesão a essas opções será voluntária, mas a empresa ainda não deixou claro se, ao utilizar os serviços, o lojista terá vantagens na classificação de seus produtos nas buscas dos usuários da plataforma.
No geral, o marketplace do grupo vende produtos complementares aos oferecidos pela rede de lojas do Grupo Pão de Açúcar. Com o novo serviço de entregas via malha logística própria, Arantes afirma que será possível incluir na compra do cliente alguns produtos de lojistas terceiros, quando essa compra for no estilo “programada”, quando a entrega acontece no dia seguinte. Uma vez que o terceiro estágio do programa estiver funcionando e as mercadorias desses terceiros estiverem com o GPA, será possível fazer isso com as entregas mais rápidas, explica o executivo.
O exemplo dado por Arantes sobre complementaridade, porém, levanta questões. “Se eu tenho um salgadinho de determinado sabor e o cliente quer de outro, ele poderá complementar a compra com esse item via seller”, diz. Questionado se o GPA não poderá usar esses dados para vender por si só o que percebe que os clientes estão comprando com frequência nos parceiros, Arantes deixa a questão em aberto. “Essa é uma discussão que pode vir, mas não tivemos esse problema ainda. A maioria do nosso sortimento é complementar e está começando ainda”, diz.
A GPA Log, responsável pelos novos serviços de entregas, conta com mais de 870 lojas no país e 22 centros de distribuição e entrepostos para realizar uma média de aproximadamente 30 mil entregas por dia. Hoje, a frota do Grupo conta com mais de mil caminhões por dia em circulação para abastecer lojas e entregar os pedidos online dos consumidores.
FONTE: ECOMMERCEBRASIL
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