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FRUTAS: BRASIL PRODUZ MUITO, MAS EXPORTA POUCO

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O Brasil cultiva muitas frutas, mas exporta pouco em comparação à sua produção. De acordo com a diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, em 2023 foi exportado US$ 1,256 bilhão.
“É um bom valor, mas é um valor muito baixo considerando-se o tamanho da produção agropecuária brasileira. Exportamos cerca de 2,7% da nossa produção de frutas. Isso é muito pouco dada a nossa diversidade e o tamanho, o volume da nossa produção. Há espaço para ampliar as vendas”, afirma.
Em maio, a ANBA e veículos de comunicação da China, Itália, Brasil, Argentina, Alemanha e Inglaterra participaram de uma viagem ao Vale do Rio São Francisco, região do semiárido brasileiro que produz, graças à irrigação proporcionada pelo rio, culturas frutíferas, sobretudo mangas e uvas. A convite da CNA, os veículos conheceram as empresas e as pessoas que produzem e exportam frutas, sucos e até vinhos a partir de fazendas na Bahia e em Pernambuco. Mori participou da viagem.
Dados da própria CNA mostram que os países do Oriente Médio importaram US$ 19,7 milhões do Brasil no ano passado. Apenas os Emirados Árabes Unidos importaram US$ 12,8 milhões, seguidos por Arábia Saudita (US$ 2,8 milhões), Israel (US$ 1,38 milhão) e Kuwait (US$ 1,2 milhão), além de, em menor escala, Catar, Omã, Líbano, Chipre, Bahrein e Jordânia. Desses, apenas Israel e Chipre não são árabes. Esses dados incluem frutas frescas, secas e conservas e preparações. Maçã é a principal fruta exportada em um ranking que conta, também, com melão, limão, uva, manga, melancia, figo e mamão, entre outras.
A diretora da CNA cita, contudo, alguns entraves que precisam ser superados para ampliar a exportação de frutas. Concorrência com países produtores que estão perto de consumidores é um deles. Manga é produzida pela Costa do Marfim, nação africana mais próxima dos árabes. Já o Peru exporta a fruta nos últimos meses do ano a um custo menor do que o brasileiro.
Outro desafio é a logística. O tempo de viagem de navio de uma fruta do Brasil até os Emirados Árabes pode passar de 40 dias. Como não há rotas de navegação diretas entre os dois países, a troca das frutas de navio em portos europeus pode afetar a qualidade delas. Mangas, por exemplo, não suportam 40 dias entre a colheita e o consumo. A solução é a exportação por via área, a partir de São Paulo. Desta forma, o custo sobe.
“No caso de frutas, tem essa particularidade e tem uma outra que é a abertura de mercados e a negociação do protocolo fitossanitário. Então, no caso de frutas frescas, os países precisam acordar entre eles os protocolos. Alguns têm regras mais próximas do Brasil, outros não”, diz.
A diretora da CNA afirma que existem oportunidades de se expandir as vendas para os países do Norte da África e do Oriente Médio. São regiões que têm dificuldades de desenvolver a própria produção de frutas devido às condições climáticas e de solo. Tamanho desafio faz com que alguns países dessas regiões tenham políticas públicas para importar alimentos para garantir a sua segurança alimentar.
“É um grande mercado o do Norte da África e o do Oriente Médio. No caso dos Emirados, além de tudo, oferecem diversas facilidades. Também é uma região onde alguns países possuem política de segurança alimentar e encaram a questão de segurança alimentar com seriedade muito grande. Com eisso, geram facilidades para importação dos produtos, especialmente os que não produzem internamente”, diz Mori.

FONTE: 31/05/2024 – MONITORMERCANTIL

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