Muitas mudanças em pouco tempo ocorreram no comportamento do consumidor e com elas desafios para tornar a experiência da complexa jornada de compra mais eficaz. A inclusão do digital de forma mais marcante na rotina do consumidor e a necessidade ainda maior de tornar a compra mais fácil, rápida e fluída, proporcionando a satisfação total do cliente, é um caminho que ainda está sendo trilhado para o varejo alimentar. Entretanto, a superação dessa missão pode trazer mais vendas e, consequentemente, melhores margens, fazendo valer a pena os esforços.
Para especialistas, o digital no varejo alimentar ainda está aquém do que poderia e deveria. Falta sinergia entre os diversos canais e há desafios de logística, pagamento, navegabilidade, estoque, entre outros.
"É muito comum encontrarmos uma desconexão entre uma coisa e outra. O varejista precisa trazer a visão de dentro da loja para o e-commerce, e utilizar todo domínio do ambiente físico, e toda estrutura que usa para fazer análises, compras e vendas para o online", avaliou Alessandra Lima, diretora da Mind Shopper , durante Papo de Varejo sobre o tema.
Ela acredita que a experiência como um todo precisa ser mais curta e que há ainda muitos problemas especialmente na conclusão da compra, onde somente neste momento, muitas vezes, são dados avisos de ruptura de produto, além das limitações em formatos de pagamento. "Assim como fizemos um caminho de evolução de entender o shopper na loja, precisamos fazer no e-commerce”, disse.
Fabiola Rodrigues Luminatti, coordenadora de inteligência de mercado e GC do Supermercados Confiança , rede regional do interior de São Paulo, que também participou desse bate-papo, lembrou que na plataforma digital há a vantagem de não ter o limite da loja física. " Conseguimos criar soluções muito mais fáceis. O desafio é ter uma plataforma que entregue as necessidades do shopper e disponibilidade do produto. Uma solução bem desenhada envolve isso, o produto para atender. Estoque é um dos obstáculos que prejudica muito a finalização da compra”.
Alessandra, porém, destaca que, muitas vezes, na busca de um mix variado, o varejista se perde nessa gestão que fica mais complexa e acaba tendo muita ruptura. Ter disponibilidade para atender a necessidade do shopper é mais importante que ter uma grande variedade se não conseguir entregá-la.
“O mesmo cliente que está na loja está no online, e espera a mesma experiência que encontra em uma na outra. Ele enxerga a marca, não a plataforma. Por isso as estratégias precisam estar bem alinhadas, comercial, marketing, pricing, etc. Todas as áreas estarem envolvidas para oferecer uma experiência mais completa e satisfatória”, completou Fabíola.
FONTE: 09/11/2022 – SAVAREJO
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