A cultura do autoatendimento está crescendo cada vez mais no Brasil e foi aposta de muitos empreendedores para evitar o fracasso de seus negócios durante a pandemia, pois, quando falamos em autoatendimento em pontos de venda, esse serviço reduz drasticamente os pontos de contato com o vírus da Covid-19.
Grandes redes de hiper e supermercados do Brasil estão começando a seguir essa linha, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que projeta uma estimativa de 22,1% de investimento, por parte dos supermercadistas, ou até mesmo a expansão do uso do modelo de self-checkout em seus negócios. Mas, muitos empreendedores, ainda se questionam se vale a pena investir neste mercado.
Para Claudio Felisoni de Angelo, economista e presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Consumo (IBEVAR), sem dúvida o autoatendimento oferece mais benefícios para o varejo. “Desde 2017, as grandes redes supermercadistas já vêm aderindo ao modelo self-checkout, entretanto, somente nos dois últimos anos se observa um movimento crescente de implantação desta tecnologia em diferentes lojas e regiões do Brasil”, defende Felisoni a respeito do interesse dos brasileiros em fazer compras via autoatendimento.
De acordo com uma pesquisa da Global Market Insights, empresa de pesquisa de mercado e consultoria de gestão, o mercado de autoatendimento deve crescer aproximadamente 11% ao ano de 2021 e 2027. Em 2020 ele ultrapassou US$ 3,5 bilhões e a projeção de valor para 2027 é de US$ 6,5 bilhões. Eduardo Muniz, CEO da VMtecnologia, empresa que presta serviços de software e hardware para o mercado de autoatendimento, acredita que essa valorização está relacionada aos benefícios que o setor oferece.
“Para o empresário, há a gestão de um menor quadro de funcionários. Na maioria dos pontos de vendas pode-se vender durante 24 horas, sem a necessidade de contratação de mais pessoas. Também é possível estabelecer lojas em espaços compactos, ou seja, uma redução significativa nos custos, permitindo um retorno sobre o investimento muito mais rápido do que a maioria dos tradicionais”, explica.
Para Eduardo, os empreendedores devem levar em consideração os novos hábitos de consumo e o autoatendimento é um deles. Caso ainda não se sinta seguro por optar por esse modelo 100% é possível adotar o sistema híbrido, mais comum no setor varejista.
“Nele há um atendente disponível, mas o consumidor pode optar por realizar sua jornada de compra e pagamento sozinho ou utilizar o caixa com o atendente. Esse modelo tem sido adotado por bares e restaurantes, cafeterias, lojas de roupa e supermercados. Assim o empresário tem a oportunidade de otimizar sua mão de obra, e alocar profissionais que estavam fazendo um trabalho totalmente mecânico, como é o caso da etapa de pagamento, para aumentar sua capacidade operacional de entregar. Ou seja, mais entrega de produto e/ou serviço, com o mesmo custo de pessoas”, finaliza.
FONTE: SUPERVAREJO
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