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CRESCE NÚMERO DE BARES E RESTAURANTES OPERANDO EM PREJUÍZO

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Estudo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) apurou a alta de bares e restaurantes operando no vermelho no mês de agosto. Segundo o levantamento, 24% das empresas pesquisadas relataram operar sem lucro, um aumento de 5% em relação à última pesquisa, realizada em julho. Além disso, 34% das empresas permaneceram em equilíbrio financeiro, enquanto 41% obtiveram lucro.
Os dados, coletados entre 28 de setembro e 6 de outubro, e baseados nas respostas de 1.979 empreendedores do setor de bares e restaurantes, apontam para alguns dados importantes: entre as empresas que se encontram em uma situação de prejuízo, destacam-se os Microempreendedores Individuais (MEI’s), com 34%, e as microempresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 1 milhão anuais, com 33%. Já entre as empresas maiores, com faturamento maior que R$ 4,8 milhões ao ano, apenas 8% disseram ter operado no vermelho.
Das empresas com menos de um ano de atividade, 37% relataram prejuízo em agosto. Entre aquelas com entre um e três anos de existência, 33% operaram no vermelho. Por outro lado, as empresas com mais de 10 anos de atividade demonstraram uma situação relativamente melhor, com 18% delas apontando prejuízo.
“Apesar do Dia dos Pais, as empresas do setor tiveram um agosto mais duro, apontando uma ligeira queda no movimento. Isso dificulta recompor as perdas que tivemos, mesmo que a inflação dos insumos esteja mais controlada nos últimos meses. Quem sofre mais são as empresas mais novas, que ainda estão investindo e aprendendo a controlar os custos, e as empresas menores, que têm mais dificuldade com o fluxo de caixa”, explica Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
Já de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), as vendas no varejo em setembro de 2023 caíram 1,6%, descontada a inflação, em comparação com o mesmo mês de 2022. É o terceiro mês seguido de queda. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o crescimento em setembro foi de 2,5%.
Os três macrossetores (bens duráveis, bens não duráveis e serviços) registraram baixa ao mesmo tempo. Bens duráveis e semiduráveis caiu 1,7%, afetado principalmente pelo resultado de materiais para construção. A retração do faturamento de bens não duráveis foi de 1,1%, influenciado pelo setor de livrarias, papelarias e afins. Já em serviços, cujas vendas caíram 2,9%, o principal responsável foi o segmento de bares e restaurantes.
“Apesar da queda generalizada do varejo, um destaque positivo foi o segmento de supermercados e hipermercados. Como houve deflação no setor de alimentos, a queda efetiva de preços praticados nas gôndolas, especialmente de carnes, estimulou o consumo das famílias”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Produtos e Tecnologia da Cielo.
Segundo ele, “sem a performance de supermercados e hipermercados, o resultado do ICVA seria mais negativo”.
Efeitos de calendário também contribuíram para que a retração do varejo em setembro não fosse mais acentuada. O mês de setembro deste ano contou com um sábado a mais, dia de forte movimento no comércio, e uma quinta-feira a menos.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do IPCA divulgada pelo IBGE, registrou alta de 0,35% para o mês de setembro. Segundo o instituto, o principal impacto de alta vem do aumento do preço da gasolina e de outros combustíveis. Ao ponderar o IPCA e o IPCA-15 pelos setores e pesos do ICVA, a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses em setembro foi de 4,2%.
De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, os resultados de cada região em relação a setembro de 2022 foram: Sudeste (-1,7%), Sul (-3,4%), Centro-Oeste (-3,7%), Norte (-4,1%) e Nordeste (-5,2%). Pelo ICVA nominal – que não considera o desconto da inflação – e com ajuste de calendário, os resultados de cada região foram Sudeste (2,1%), Sul (1,4%), Centro Oeste (0,4%). Norte (0,3%) e Nordeste (-1,2%).
As vendas no terceiro trimestre de 2023 caíram 1,5%, já descontada a inflação, em relação ao mesmo trimestre de 2022. Em termos nominais, o faturamento cresceu 1,6%.

FONTE: 13/10/2023 – MONITORMERCANTIL

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