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CONFIANÇA EM BAIXA E JUROS EM ALTA ABALAM ECONOMIA

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A alta da Selic, anunciada na semana passada pelo Banco Central, e a queda na confiança do consumidor têm abalado a retomada da economia no Brasil. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o PIB cresceu abaixo do esperado e, na China, há dúvidas sobre as reformas anunciadas pelo governo de Xi Jinping.
Confira, a seguir, os principais pontos de atenção nos próximos dias na economia.

Cenário econômico nacional
No Brasil, ganharam destaque as discussões sobre o rompimento ou não do teto dos gastos para ter recursos para o novo Auxílio-Brasil. Se o governo oferecesse R$ 300 por família, seria possível manter o teto, mas para R$ 400 há a necessidade de outras fontes. O governo tentou arrecadar mais com a MP do Imposto de Renda e com precatórios, mas não obteve sucesso. Agora tenta uma brecha na lei, mas não convence o mercado, que reagiu com força.
O índice de confiança do consumidor da FecomercioSP baixou para 109,4 depois de marcar 114,7 em setembro e ter batido 116,1 em janeiro. Os motivos foram a inflação, o aumento de juros e o mercado de trabalho ruim.
O Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central aumentou a taxa de juros em 1,5 ponto porcentual, para 7,75% ao ano. E já indicou que vai aumentar mais 1,5% na próxima reunião. A piora do cenário fiscal foi a causa principal dessa alta, que deve levar a taxa de juros a 11% no final do ciclo. O IPCA-15, liberado um pouco antes da reunião, mostrou alta de 1,2% contra expectativa de 1%. A alta é generalizada em todos os setores da economia pesquisados.
A taxa de desemprego baixou de 14,6% no trimestre para 13,2% no trimestre terminado em agosto. Ainda temos 13,7 milhões de desempregados, mas adicionamos 3,4 milhões de pessoas entre os ocupados. A noticia ruim veio em relação aos rendimentos: queda de 4,3% no trimestre e 10,2% em elação ao ano passado. A massa de renda limita a melhoria das condições da economia. Os dados são da PNAD-IBGE.
Cenário econômico internacional
No cenário internacional, a pergunta mais importante para entender o que está acontecendo na China é : essas reformas do governo Xi Jinping são pragmáticas ou ideológicas? Se a primeira for verdadeira, podem ser mais de curto prazo. Analisando o principal ideólogo dessa nova guinada chinesa, Wang Huning, é fácil perceber que é algo muito maior do que uma reação ao Ocidente: a ideia é fazer uma China longe da democracia liberal, que, na cabeça deles, foi o grande desagregador dos valores no Ocidente. Importante ter isso em mente na hora de traçar cenários para a economia, pois a China passará por uma grande mudança e pode, inclusive, renunciar a algum crescimento para isso.
O setor imobiliário continua importunando o gigante asiático. Uma das soluções propostas pelo governo chinês não seguiu adiante, que seria uma cobrança de taxa de propriedades. A ideia não foi para frente porque poderia deprimir ainda mais o crescimento chinês, diminuindo a renda e a riqueza do cidadão. Na China, 90% das famílias têm casa própria, o que faria com que a maior parte da renda fosse destinada a esse imposto. Por outro lado, 90% da riqueza dos chineses está ligada ao setor, e uma baixa do preço das casas poderia afetar negativamente o estoque de riqueza
O PIB americano do terceiro trimestre marcou alta de 2%, contra expectativas de 2,7%. As restrições no consumo por conta da pior fase da variante Delta da covid-19 parecem ter freado o crescimento da economia naquele país. Com a melhoria das condições sanitárias, o crescimento deve voltar a um nível mais alto.
Depois das novas declarações do presidente do Banco Central americano Jerome Powell, o mercado passou a prever aumento de juros da economia americana já no primeiro semestre do ano que vem. Agentes de mercado já esperam que haja mudança da taxa em junho, mesmo ainda sem o “tapering”. Esse cenário reforça o câmbio desvalorizado no Brasil para o próximo ano.
As vendas de casas novas no Estados unidos surpreenderam positivamente a expectativa de mercado. O crescimento em setembro foi de 7%, maior nível desde janeiro. Os preços no ano subiram 13,3% (em relação a setembro e 2020), mas já estão subindo menos. Por outro lado, a permissão para novas construções caiu 7,7% e os inícios de construção caíram 1,6%, mostrando que há pouco fôlego para a continuidade da expansão da economia.
FONTE: MERCADO E CONSUMO


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