Número de MEIs cresceu 22% entre janeiro e agosto ante igual período do ano passado
O Brasil alcançou, em agosto, a marca de 412 mil novos pequenos negócios. O número é 13% superior ao mesmo período de 2024. No acumulado dos oito primeiros meses de 2025, a quantidade de microempreendedores individuais (MEI) subiu 22%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são de levantamento feito pelo Sebrae.
Entre janeiro e agosto deste ano, foram criadas 3,5 milhões de empresas, das quais 97% são pequenos negócios. O setor de destaque foi serviços, que concentrou 64% dos novos pequenos negócios (262 mil empresas). Em seguida aparece o setor de comércio, com 87.585 empresas (21% do total).
O aumento significativo de pequenos negócios é dividido entre MEI (77%), ME (19%) e EPP (4%). Em agosto, assim como em 2024, o Sudeste foi a região com a maior abertura de pequenos negócios, com um total de 208.929 empresas abertas, o que representa mais de 50% dos pequenos negócios abertos no mês. Em segundo lugar ficou a Região Sul, com a abertura de 77.360 novos pequenos negócios (19% do total), seguida pelo Nordeste, com 66.943 (16%); Centro-Oeste, com 38.599 (9%); e Norte, com 20.514 novos pequenos negócios (5%).
Entre os estados, os maiores avanços na abertura de novos MEI, na comparação entre os dois anos, foram registrados no Amazonas (36%), Piauí (32%) e Sergipe (31%). No caso das micro e pequenas empresas (MPE), os estados que tiveram destaque nessa mesma comparação foram: Ceará (54%), Amazonas (38%) e Rio Grande do Sul (26%).
Dois terços das micro e pequenas empresas ainda atuam informalmente no país
Ainda de acordo com o Sebrae, mais de seis em cada 10 (67%) das micro e pequenas empresas brasileiras ainda atuam na informalidade. O dado contrasta com a média nacional: segundo o IBGE, a taxa geral de informalidade no país recuou para 38% no primeiro trimestre de 2025, o menor patamar desde 2020. Essa diferença indica que simplificar regras e reduzir custos, como pretende a reforma tributária, pode ser decisivo para trazer milhões de negócios para a economia formal.
Ainda segundo o IBGE, mais de 39 milhões de trabalhadores estavam fora do mercado formal no início de 2025, sem acesso a benefícios previdenciários e crédito. Para especialistas, a criação de um ambiente tributário mais simples e menos oneroso pode reduzir esse número de forma consistente, ampliando a arrecadação e fortalecendo as economias locais.
Além de garantir direitos, a formalização permite que pequenos negócios acessem linhas de crédito, participem de licitações, fechem contratos com grandes empresas e ampliem seu alcance de mercado. A reforma, se bem estruturada, pode acelerar esse processo ao diminuir a complexidade tributária que hoje afasta empreendedores do CNPJ.
FONTE: 12/09/2025 – MONITORMERCANTIL
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