No Brasil, não só a intenção de compra no e-commerce segue alta, mas também registra uma alta histórica. “Mesmo com o mercado físico varejista aquecendo novamente, esses números continuam bastante sólidos. Antes da pandemia, o percentual estava na casa de 42% das intenções de compras no mercado online. No pico da crise sanitária, esse número chegou a 64% e hoje o índice é de 55%. Ou seja, são 13 pontos percentuais de aumento na intenção de compra online em comparação ao momento pré-pandêmico. É uma elevação muito maior do que a média encontrada na América Latina, bem como na Europa e até na própria Ásia, onde o mercado atualmente é bem mais maduro”, comenta Gabriel Lima, CEO da Enext.
Segundo a pesquisa, o impacto do comércio eletrônico nacional é muito maior se for comparado, por exemplo, com países como Argentina, México e Colômbia. “Isso evidencia o Brasil como um mercado mais maduro após a pandemia. Assim, podemos crer que as estratégias brasileiras estão começando a ficar mais alinhadas com nações que já possuem o comércio eletrônico como um canal consolidado como Reino Unido, Estados Unidos e China”, explica Lima.
Outro ponto interessante está na mudança de hábito dos consumidores mais conservadores. Dados da pesquisa mostram que 54% dos compradores acima de 55 anos enxergaram o e-commerce como uma solução durante a pandemia, tendo em vista que uma proporção maior de pessoas tiveram que se isolar e se proteger do vírus, enquanto 26% apontaram neutralidade. Da mesma forma, 51% das pessoas neste mesmo grupo vão continuar fazendo compras online em 2021, mesmo com a retomada total da economia no mundo.
O relatório mediu também o canal mais buscado pelas pessoas quando desejam comprar um determinado produto. Os brasileiros, muitas vezes, utilizam os tradicionais sites de buscas, como Google, mas já é possível perceber que também usam o Mercado Livre, seguido de perto por outros marketplaces.
“As pessoas começam a buscar diretamente os produtos que querem comprar e usam o canal mais relevante que a direciona para compra. Esse hábito também está muito mais próximo de mercados mais maduros, em que os principais mecanismos de pesquisas acabam sendo os próprios marketplaces”, explica Lima.
FONTE: ECOMMERCEBRASIL
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